Tema de Hoje


Por Ana Morche

Sem medo da experimentação.

Ana Morche entrevista a artista visual Lia Berbert

Abrindo esta coluna e falando de Arte, temos como entrevistada a artista visual Lia Berbert que nos conta de seus caminhos e da sua 1ª Exposição Individual.

Foto: Gabriel Ugalde

Lia começou sua trajetória ainda na infância vindo, posteriormente, a se formar em Desenho Industrial pela UFRJ. Trabalhou em diversos segmentos do mercado de comunicação visual chegando a atuar como diretora de arte. Atualmente, se dedica, na maior parte do tempo, às artes visuais, onde se utiliza da fotografia, da arte digital, da colagem e da pintura como ferramentas para o desenvolvimento de sua linguagem, porém deixa claro que não teme a experimentação.    

 AM – Lia, me fala um pouco dos seus caminhos até aqui, qual a sua formação de origem?

Lia – A minha formação de origem é o Desenho Industrial, pela Escola de Belas Artes da UFRJ. Na verdade, desde a infância estive envolvida com a criatividade, frequentei o Parthernon em Niterói, atividade que tive de interromper por causa de uma alergia aos materiais usados. Na universidade tive oportunidade de ter mais contato com a fotografia que já fazia parte de minhas experiências criativas e aperfeiçoar o desenho. Acabei me formando e trabalhando bastante tempo como designer. Além disso, frequentei a Escola de Artes Visuais do Parque Lage e o Instituto Europeu de Design.  

AM – O que representa a Arte em sua vida? 

Lia – Arte, para mim, representa a liberdade, a verdade. Crio de forma espontânea, sem qualquer pretensão. Não existe a interferência de um cliente como, por exemplo, quando atuo como designer. Sinto que sou livre. Crio para mim.

AM – Como você vê a sua arte no contexto contemporâneo?

Lia – Acho que esse contexto converge muito para isso, para esse fazer autêntico, você estar livre para experimentar e dizer o que quer sem amarras, sem muitas diretrizes… e eu me vejo dessa forma. 

AM – Visitando a sua exposição percebi que a palheta de cores funciona como elemento de ligação entre as obras, estou certa? Que critérios você usou na montagem de sua 1ª Individual?

Foto: Gabriel Ugalde

Lia – Sim. A cor para mim sempre foi um elemento muito orgânico e sempre tive grande facilidade em formar combinações cromáticas. Quanto à escolha dos trabalhos, tive de levar em consideração alguns detalhes do próprio espaço. Cores das paredes, áreas disponíveis e a própria decoração do ambiente. Procurei traçar uma “Trajetória”, como o próprio título sugere, trazendo algumas fotografias, arte digital, técnicas mistas com colagens e outras interferências.          

AM – Geralmente os artistas têm uma referência… Você tem alguma fonte inspiradora, segue alguma tendência?

Lia – Tenho várias referências e muitas delas bem contemporâneas, pessoas do meu tempo de estudo que estão por aí produzindo. Gosto muito de Kandinsky e Dalí, embora este último seja apenas uma admiração. Não dá para citar nomes porque há uma diversidade muito grande exposta nas mídias e no fim tudo acaba nos influenciando de alguma maneira.

AM – Para finalizar esse bate papo, conta para nós – O que você pretende artisticamente? Já tem algum projeto para o futuro? 

Lia – (risos) Bem, dizem que “o que ninguém sabe ninguém estraga, né, ,Ana”. Tenho, sim, alguns projetos. Quero continuar produzindo, seguir com a colagem, mesclar um pouco mais os meios digital e analógico, melhorar a produção, ter mais contato com o público e compartilhar, ainda não sei de que forma, o meu aprendizado.  

A Exposição “Trajetória” poderá ser vista até 26 abril, no Place – Gastronomia, Música e Arte, Estrada Leopoldo Fróes, 174 em São Francisco, Niterói. Horários: 5ª e 6ª de 17:00h às 24:00h e aos domingos de 12:00h às 24:00h.

Ana Morche é formada em Letras, pós graduada em Arte-Educação, escritora e artista plástica.  

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