Papo de Samba
Ricardo de Moraes
Queridos e qualificados leitores,
A hora é de fazer uma revisão do ano que passou. A melhor parte desse balanço diz respeito ao nosso encontro no Diário de Niterói, nesse Papo de Samba. Foi e está sendo ótimo.
A resposta a nossa coluna, tem sido muito acima das nossas expectativas. Claro que almejávamos atingir um bom número de leitores, mas confessamos, que é muito grande a nossa satisfação desde a primeira edição, com o retorno recebido de todos. Por isso, queremos agradecer a atenção, mesmo porque, isso ainda nos deixa com mais responsabilidade para trazer a melhor informação e sede de compartilhar a nossa visão crítica.
Falar de samba parece fácil, mas não é, principalmente na nossa cidade onde as referências históricas são poucas e, na maior parte das vezes, são mantidas por famílias e com poucos registros oficiais.
Enfim… o convite foi feito, aceitamos o desafio e estamos mais uma vez aqui, com o nosso Papo de Samba. Vale lembrar que em 2019 além do Diário de Niterói, também tivemos a fundação da escola de samba Império de Charitas, já conhecida como a caçulinha do samba na cidade.
O que esperar de 2020?
A primeira coisa que nos vem a cabeça é trabalho, trabalho e trabalho, tanto pelo excesso quanto pela falta. Pode faltar trabalho, mas quem o tiver, vai trabalhar muito mais e no meio do samba, não vai ser diferente.
Viver de samba, fazer samba, cantar samba, gravar samba, desfilar com samba, divulgar samba…ufa… quem é do samba e sempre soube das dificuldades, também já percebeu que em 2020 elas serão redobradas.
O leitor pode entender que esse cenário nunca foi diferente para o sambista, que o samba é resistência e que pra resistir ao difícil cenário que se avizinha, todos já estão calejados. Mas acreditamos que criatividade será a palavra de ordem, porque será necessário muita criatividade para sobreviver.
Apesar de tudo isso também observamos a multiplicação das rodas de samba na cidade, como um fator positivo. Também queremos registrar uma roda de choro e mandar um alô especial para o grande músico Silvério Pontes, que mensalmente reúne chorões de todas as partes, no polo gastronômico do Jardim Icaraí, na Rua Doutor Leandro Motta, dando inclusive oportunidade a jovens músicos.
Outro fato ligado à música e que abre novas oportunidades para os sambistas, foi a inauguração da Lona Cultural Arthur Maia, no Horto do Barreto. O nome do espaço é uma bela homenagem ao saudoso músico, tão apaixonado pela cidade.
Pois é amigos, 2019 vai saindo de fininho e nós vamos agradecendo mais uma vez e num bom aquecimento de tamborins, desejamos a todos um FELIZ 2020!
*Ricardo de Moraes: Produtor Cultural, especialista em docência do ensino superior e diretor presidente do Centro de Referência Carioca do Samba
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