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Casa da Descoberta UFF completa 25 anos aproximando a ciência do público


Na última sexta-feira (05), a Casa da Descoberta, Museu de Ciências da UFF, celebrou 25 anos de atividades dedicadas à ciência, interação e aprendizado. A cerimônia, realizada no auditório Milton Santos, no campus da Praia Vermelha, contou com a presença do vice-reitor Fabio Barboza Passos, além de membros da comunidade acadêmica.

O espaço oferece visitas guiadas acessíveis, ambiente de realidade virtual e bancada de química e de experimentos interativos. A Casa da Descoberta também mantém um Clube de Astronomia e promove trilhas ecológicas pelos jardins do Instituto de Física, nas quais os visitantes podem aprender sobre espécies botânicas e princípios básicos de ecologia.

Comemoração dos 25 anos da Casa da Descoberta no campus da Praia Vermelha - Foto: Reprodução

Comemoração dos 25 anos da Casa da Descoberta no campus da Praia Vermelha – Foto: Reprodução

Para o vice-reitor, espaços como a Casa da Descoberta são essenciais para aproximar a sociedade da universidade: “Divulgar ciência é essencial para que as pessoas compreendam seu papel no cotidiano, desde as vacinas até as tecnologias que utilizamos. Em um momento marcado por desafios como o aquecimento global, é ainda mais importante fortalecer o letramento científico e esclarecer dúvidas com base em evidências. A Casa da Descoberta cumpre esse papel com excelência, acolhendo crianças e adultos em experiências que aproximam a ciência do público. Por isso, parabenizo os professores e departamentos da UFF que contribuíram para esses 25 anos de trabalho dedicado”, celebra Fabio.

As visitas guiadas são conduzidas por estudantes que explicam os experimentos de maneira didática, com atividades adaptadas para pessoas com deficiência (PcD), incluindo tradução para Libras e mediação especializada. O Clube de Astronomia, por sua vez, realiza sessões de observação com telescópios e utiliza um planetário inflável para aproximar o público deste universo. Desde 2024, o espaço conta ainda com experiências imersivas em Realidade Virtual, ampliando as possibilidades de divulgação científica.

Além disso, durante as férias escolares, o museu organiza uma Colônia de Férias voltada para crianças, com atividades práticas de ciência. A casa também conta com uma Bancada de Química, na qual são promovidas oficinas com mais de 50 experimentos interativos, e realiza atividades externas, ampliando o alcance das ações de extensão para escolas e comunidades da região.

Nas visitas guiadas, o público interage com os experimentos enquanto os mediadores explicam os conceitos científicos envolvidos, priorizando uma linguagem simples e evitando jargões científicos e matemáticos, para que todos possam compreender. Já as oficinas e formações voltadas para estudantes do Ensino Médio buscam relacionar ciência e realidade cotidiana. Nesses encontros, os jovens aprendem teoria e são incentivados a construírem seus próprios experimentos, vivenciando o processo científico na prática.

Além do trabalho voltado para estudantes dos ensinos fundamental e médio, a Casa da Descoberta desempenha papel importante na formação dos estudantes da UFF, ao oferecer oportunidades de participação em projetos de ensino e pesquisa.

“A monitoria do museu é, muitas vezes, a primeira oportunidade que os estudantes têm para se envolverem em projetos de extensão e experimentar na prática o ‘fazer ciência’. Lá, eles são estimulados a desenvolverem habilidades que permitem seu aprimoramento profissional a partir de situações como: trabalho em equipe; comunicação com diferentes públicos; interação com a diversidade dos visitantes, que engloba pessoas de todas as idades e classes sociais; além da capacidade de contornar imprevistos se adaptando conforme a situação”, explica Erica Cristina Nogueira, diretora da Casa da Descoberta.

Para ela, o avanço tecnológico fez com que o museu aprimorasse a forma como apresenta a ciência para o público: “O uso de tecnologia permitiu desenvolver novos experimentos e jogos educativos com realidade virtual como ferramenta poderosa de disseminação do conhecimento. No entanto, tão importante quanto acompanhar essas inovações, é estar atento às mudanças sociais que permeiam a realidade do nosso público. Nosso diferencial está em apresentar a ciência de modo acessível para todos”, afirma.

Ao longo dos 25 anos, a Casa da Descoberta se consolidou como o primeiro contato de milhares de estudantes da rede pública municipal e estadual com a UFF. “Já impactamos mais de 150 mil pessoas. Muitos jovens visitaram a universidade pela primeira vez por meio do museu e passaram a acreditar que poderiam estudar em uma instituição pública e de qualidade. Além disso, muitos dos nossos mediadores hoje são professores universitários e da Educação Básica, empresários, engenheiros e advogados que nos contam como a atuação no museu foi e continua sendo um grande diferencial em suas carreiras”, destaca Erica.

Para os próximos anos, o museu trabalha na implementação do programa Casa da Descoberta vai à Escola, levando atividades para instituições de educação básica. Além disso, a instituição planeja manter e ampliar as parcerias já existentes, a fim de  desenvolver materiais, experimentos e práticas de mediação voltados para pessoas com deficiências. “Nossa expectativa é ampliar em, pelo menos, 10% o público atendido, contribuindo para a visibilidade do museu, da UFF e do conhecimento científico”, conclui a diretora.


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