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Narrativas

Fatos são fatos. Bolsonaro afirma que não errou nenhuma, mas a realidade tratou de demonstrar que a pandemia de coronavírus não se tratava de uma “gripezinha”. Em Caxias, o prefeito exalta seus feitos e diz que a vacinação no município foi “impecável”, mesmo com as aglomerações provocadas com a notícia da liberação do imunizante para pessoas acima de 60 anos e sem necessidade de comprovação de residência. Na pós verdade, qualquer narrativa é válida, desde que atinja o público alvo.

Não importa que o discurso não coadune com a prática, o que interessa é que na outra ponta há quem acredite. Falar para o seu nicho e garantir suas reservas eleitorais na expectativa de angariar apoios mais adiante, parece ser a estratégia de certo tipo de político. Mas a realidade sempre dá um jeito de contrariar vontades por mais poderosas que sejam. Na tarde desta sexta-feira (05), a justiça decidiu que a prefeitura caxiense volte a dar prioridade aos mais idosos na vacinação.

No outro front que se tornou a guerra contra a Covid-19, prefeitos de 1.700 municípios se juntam a consórcio para comprar vacinas, repudiando a fala de Bolsonaro sobre “idiotas”. A incapacidade do governo federal em se planejar e comprar os imunizantes no momento em que diversos países foram às compras, provoca uma reação esperada. Não dá para ficar parado no momento em que o país registra 1.760 mortes com recorde de casos e média móvel de óbitos, elevando para 262.948 o total de vidas perdidas para o novo coronavírus.

Sinais trocados

Quem sabe ler os sinais de Brasília, garante que o ministro Paulo Guedes pode está preparando a saída. Suas últimas declarações não batem com a preferência do chefe que trata o coronavírus como gripezinha.

Guedes tem afirmado que o problema do emprego e renda se resolve com vacina, ele disse que “talvez por infelicidade”, o presidente Jair Bolsonaro não tenha deixado claro o “problema” da saúde e da vacinação em massa contra a Covid-19.

No dia anterior, o presidente afirmou ser preciso parar o que ele chamou de “frescura” e “mimimi” com a pandemia do novo coronavírus. “A vacinação em massa contra Covid-19 é a coisa mais importante que se tem agora”, afirmou Guedes.

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