Comunicar também é saber ouvir (inclusive a si mesmo) – Diário de Niterói
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Comunicar também é saber ouvir (inclusive a si mesmo)



Priscilla Cruz
Coluna Priscilla Cruz
Palestrante, Mentora e Psicanalista
WhatsApp: (21) 99759-2438
Instagram e LinkedIn: @priscillacruzoficial



Em meio ao excesso de falas, o silêncio da escuta se tornou um dos gestos mais potentes — e urgentes — da vida em sociedade.

Vivemos cercados de vozes, mas cada vez mais distantes do verdadeiro diálogo. Em cidades aceleradas, onde tudo exige pressa, escutar se tornou um ato de presença — e também de resistência.

As cidades andam barulhentas demais.
Não apenas pelas buzinas, obras e sirenes que preenchem o som ambiente, mas pelo excesso de falas, ruídos digitais e opiniões jogadas no ar sem compromisso com o encontro.

Vivemos uma era onde todo mundo quer falar. Poucos, de fato, querem escutar.

Nas ruas apressadas, nos transportes lotados, nos escritórios cheios de metas, o que menos se vê é gente disposta a pausar para ouvir.
E talvez esse seja um dos sintomas mais preocupantes da sociedade contemporânea: a ausência de escuta como prática de convivência.

A comunicação perdeu o compasso do tempo.
Fala-se para rebater.
Responde-se antes de compreender.
O outro virou ameaça. E o silêncio, quase um incômodo.

Mas comunicar é mais do que dizer.
É saber acolher.
É oferecer presença.
É escutar até aquilo que não foi dito — mas que está ali, pulsando nos gestos, no olhar, nas entrelinhas.

Num mundo cada vez mais acelerado e emocionalmente exausto, escutar se tornou um ato raro — e urgente.

Na gestão das emoções, a escuta não é passividade: é força ativa.
É coragem de parar, de sair do próprio centro e acessar o universo do outro.
É humildade para ouvir críticas sem se armar.
É maturidade para escutar a própria intuição, mesmo quando o barulho externo grita mais alto.

Nas cidades, onde milhares de vozes se cruzam diariamente, é preciso reaprender a dialogar.
E isso começa por um gesto simples, mas poderoso: escutar.

Como mentora de comunicação e psicanalista clínica, vejo que a escuta transforma mais que qualquer técnica.
Ela resolve conflitos.
Fortalece vínculos.
Conecta.

A escuta é a base de toda comunicação saudável.
De toda convivência possível.
De toda transformação emocional.

A pergunta é: quem você tem sido nos diálogos da sua vida?
Fala para se impor ou escuta para se conectar?

No fim das contas, comunicar bem é menos sobre o que se diz — e mais sobre o quanto se está presente.
E presença, no caos urbano que vivemos, é quase uma forma de resistência.

Escutar é um ato de humanidade. E está mais necessário do que nunca.

Sobre a autora:
Priscilla Cruz é mentora de comunicação, psicanalista clínica, palestrante e colunista do Diário de Niterói. Atua há mais de 10 anos capacitando pessoas e empresas a se comunicarem com autenticidade, inteligência emocional e propósito.
@priscillacruzoficial


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Priscilla Cruz é Palestrante, Mentora e Psicanalista
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