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Do Rio para o Brasil, Raflow canta as dores que viveu: “Tudo que eu escrevo carrega um pedaço do que eu vivi”


O rapper enxerga a música como ferramenta de reparação e ponte com quem vive realidades parecidas.

Antes dos milhões de plays e da projeção nacional, Raflow era só mais um jovem tentando sobreviver. Cria do Jardim Bangu, Zona Oeste do Rio, foi entre becos, ausências e olhares duros que ele encontrou na música um espaço de respiro, desabafo e resistência. Seu rap nasce desse lugar — não apenas
geográfico, mas emocional. Um território marcado por desafios diários, onde viver já é uma forma de vencer. “Tudo que eu escrevo carrega um pedaço do que eu vivi aqui”, conta.

“A favela, a solidão, o amigo que virou estatística, a ausência de apoio, mas também a força de quem segue mesmo ferido. Isso influencia cada linha que eu solto.” Para Raflow, o Rio moldou não apenas seu vocabulário artístico, mas também seu senso de urgência, sua visão crítica e sua necessidade de contar histórias que raramente ganham espaço na grande mídia.

Hoje, o artista se firma como uma das vozes mais potentes da nova geração do rap nacional. Já são mais de 297 milhões de streams nas plataformas digitais. Mas, para ele, nada disso faz sentido se não estiver conectado com quem o viu nascer.

“O público do Rio é tudo pra mim. Eles me viram começar, me deram força quando eu nem acreditava mais. Cada play, cada comentário, cada olhar na rua… isso me mantém firme. Tudo que eu faço é pra retribuir, pra representar quem vive essa guerra todos os dias.”

Em suas canções, Raflow não suaviza a realidade. Ele a enfrenta. Expõe as feridas sem medo, mas também revela a beleza que sobrevive no caos. Sua arte é um lugar onde fé e revolta coexistem, onde o menor não é invisível, mas protagonista.

Como artista, tem construído uma trajetória que respeita o lugar de onde veio e projeta novos caminhos para quem vem depois. O Rio é ponto de partida, nunca limite. E é nesse trânsito entre o concreto das ruas e o abstrato das emoções que Raflow constrói sua poética.

Esse movimento fica ainda mais evidente em seu novo single “Sentimento de Culpa”, já disponível nas plataformas digitais. A faixa é o primeiro passo rumo ao seu álbum de estreia, previsto para o fim de julho, e mergulha em memórias profundas, conflitos internos e ausências que deixaram marcas. O videoclipe, com cenas filmadas em territórios que inspiram suas letras, retrata de forma crua e simbólica a realidade de quem cresceu onde sobreviver é ato de resistência.

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