Egressa da UFF vence prêmio internacional de melhor tese – Diário de Niterói
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Egressa da UFF vence prêmio internacional de melhor tese


Neste mês de junho, a aluna egressa do curso de Pedagogia do Instituto de Educação de Angra dos Reis (Iear/UFF), Carolina Miranda de Oliveira, ganhou o prêmio Professor Andrzej Dembicz para a Melhor Tese de Doutorado sobre a América Latina, concedido pela Fundação Professor Andrzej Dembicz (Polônia) e pelo Conselho Europeu de Investigações Sociais sobre a América Latina (Ceisal). A cerimônia de premiação foi realizada no congresso Ceisal, na Universidade Sorbonne Nouvelle, em Paris.

Carolina ingressou no curso de Pedagogia da UFF em 2011 e, durante a graduação, foi bolsista no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic). Ela ressalta como a experiência de estar na universidade abriu portas para se desenvolver na vida acadêmica. “Ingressei na UFF através das cotas para alunos de escola pública e busquei aproveitar todas as oportunidades que a universidade pública oferecia. Fui bolsista de mobilidade acadêmica e no Pibic, tendo participado de projetos educacionais desenvolvidos na comunidade indígena Sapukai de Angra dos Reis, além de ter atuado como professora de Jovens e Adultos indígenas Guarani Mbya”.

Atualmente, Carolina é membro e professora colaboradora do Programa Escolas do Território, fruto de um Acordo de Cooperação Técnica entre o Iear/UFF e a Secretaria de Estado de Educação do Rio de Janeiro (Seeduc-RJ). Este prêmio é resultado da tese de doutorado intitulada: “Límites y posibilidades: Un estudio de caso sobre cómo un curso de Magisterio Indígena puede o no contribuir al fortalecimiento de la cultura y lengua indígena”, orientada pela professora Cristina Goenechea (Universidade de Cádiz, Espanha) e pelo professor Domingos Barros Nobre (Iear/UFF), defendida em dezembro de 2023 na Universidade de Cádiz, Espanha.

“Este prêmio é o reconhecimento da investigação que desenvolvi no doutorado. Essa premiação é coletiva, pois, além da minha contribuição, o trabalho é feito por muitas mãos. É fruto do esforço conjunto do programa conjunto realizado pelo programa “Escolas do Território” (Iear/UFF), que oferece formação contínua a professores indígenas, possibilita o Magistério Indígena e apoia o povo guarani em sua luta por uma educação intercultural crítica, bilíngue, diferenciada e autônoma. Acredito que essa premiação pode me abrir muitos caminhos no campo acadêmico, dentro e fora do Brasil”, ressalta Carolina.

Em relação a suas expectativas para o futuro, Carolina, que agora é docente da Universidad de Zaragoza (Espanha), explica que deseja continuar desenvolvendo projetos educacionais relevantes que promovam a transformação social dentro e fora do Brasil. “Para mim a vida é movimento. Mesmo ligada a uma universidade fora do Brasil, continuo participando do Programa Escolas do Território. Nesse sentido, pretendo seguir apoiando o povo Guarani Mbya em sua luta por uma educação intercultural crítica, bilíngue, diferenciada e autônoma. Acredito que a partir da universidade, essa é nossa humilde contribuição”, conclui Carolina.

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