Emoções que falam, palavras que transformam: o elo entre comunicação e equilíbrio emocional
No ambiente de trabalho ou nos lares, nas reuniões de equipe ou nas conversas à mesa de jantar, uma habilidade se mostra decisiva: comunicar-se bem. Mas a verdadeira comunicação — aquela que gera conexão, confiança e clareza — não é apenas técnica. Ela nasce do autoconhecimento e da capacidade de lidar com as próprias emoções.
Ao longo da minha trajetória como psicanalista clínica, mentora, palestrante e treinadora de equipes no ambiente corporativo, percebo um padrão comum: quando não sabemos lidar com nossas emoções, nossa comunicação se torna reativa — e não construtiva. Isso afeta diretamente os relacionamentos pessoais e os resultados profissionais.
A gestão emocional é o bastidor invisível da comunicação eficaz. Como destaca Daniel Goleman, referência em inteligência emocional, identificar e regular nossas emoções é uma competência essencial para a tomada de decisões conscientes e o fortalecimento das conexões humanas.
No meu livro Comunicação com Propósito, defendo também a ideia de que comunicar-se de forma consciente é alinhar o que sentimos com o que expressamos. E falo ainda que, assim como um bom café desperta nossos sentidos, uma comunicação clara, autêntica e focada tem o poder de despertar grandes transformações e inspirar ações extraordinárias. Esse é o impacto da comunicação que nasce do propósito: ela toca, movimenta e cria espaços de mudança — tanto nas relações pessoais quanto nos ambientes profissionais.

No mundo corporativo, essa habilidade é cada vez mais valorizada. Equipes emocionalmente inteligentes se comunicam com mais clareza, colaboram com mais fluidez e lidam melhor com o conflito. Nas relações pessoais, a consciência emocional transforma desentendimentos em oportunidades de crescimento. Afinal, comunicar-se bem não é falar mais — é falar melhor.
Emoção não é fraqueza — é dado de consciência
Quando ignoramos o que sentimos, tendemos a agir no piloto automático. Reconhecer a raiva, o medo ou a insegurança nos ajuda a agir com mais estratégia e menos impulsividade. A emoção, quando compreendida, aponta para o que precisa ser cuidado, ajustado ou reconhecido em nós.
Comunicação assertiva não é agressividade — é clareza com empatia
Ser assertivo é expressar o que se pensa e sente com respeito e responsabilidade emocional. Isso é essencial para líderes que desejam inspirar, não impor. É também o que permite a uma equipe dar e receber feedbacks com maturidade, promovendo confiança e evolução mútua.
Carl Jung dizia: “Conheça todas as teorias, domine todas as técnicas, mas ao tocar uma alma humana, seja apenas outra alma humana.” E essa alma só se revela quando temos coragem de olhar para dentro — e levar para fora uma comunicação que transforma relações, equipes e culturas.
Priscilla Cruz é mentora, psicanalista clínica, TEDx Speaker, palestrante, autora do livro “Comunicação com Propósito” e treinadora de equipes. CEO da Forte Cruz Consultorias e Serviços. Atua há mais de uma década ajudando pessoas e organizações a desenvolverem inteligência emocional e comunicação consciente para transformar relações e alcançar resultados com propósito.
E-mail: priscillacruzoficial@gmail.com
Instagram e Linkedin: @priscillacruzoficial
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