Luiz Antonio Mello, ícone do jornalismo e da comunicação brasileira, morre aos 70 anos

Faleceu nesta segunda-feira, aos 70 anos, o jornalista e radialista Luiz Antonio Mello, mais conhecido como LAM. Referência na comunicação brasileira, LAM morreu em Niterói, vítima de uma parada cardíaca durante um exame médico, enquanto se recuperava de uma pancreatite no Hospital Icaraí.
Com uma carreira iniciada em 1971, no Jornal de Icaraí, LAM logo se destacou no rádio e na imprensa escrita. Passou por veículos como a Rádio Tupi, Rádio Jornal do Brasil e o jornal Última Hora, marcando seu nome em diferentes fases do jornalismo nacional.
Sua contribuição mais notável talvez tenha sido a criação da lendária Rádio Fluminense FM, a “Maldita”, em 1982. Sob sua direção, a emissora se tornou um marco do rock brasileiro, revelando grandes nomes da música e da mídia. A ousadia e originalidade do projeto consolidaram LAM como um dos grandes inovadores da comunicação no país.
Ao longo das décadas seguintes, atuou como consultor de gravadoras, diretor de programas de TV, colunista de jornais como Jornal do Brasil, O Estado de S. Paulo e O Pasquim, além de lançar livros que se tornaram referência na área, como A Onda Maldita e Manual de Sobrevivência na Selva do Jornalismo.
LAM também teve participação ativa na gestão cultural, presidindo a Fundação Niteroiense de Arte (Funiarte), e seguiu sempre conectado à inovação: foi um dos fundadores da BandNews FM no Rio de Janeiro e manteve sua própria rádio online, a Rádio LAM.
Sua trajetória foi retratada no filme Aumenta que é Rock’n Roll, que eternizou o impacto da Rádio Fluminense e de sua figura na cultura brasileira. Artistas e amigos, como Lobão, prestaram homenagens nas redes sociais, reforçando a importância de seu legado para a música, o jornalismo e a cultura nacional.
Quer enviar uma queixa ou denúncia, ou conteúdo de interesse coletivo, escreva para noticia@diariodeniteroi.com.br ou utilize um dos canais do menu "Contatos".