MAC inicia elaboração de plano museológico


Processo está sendo construído com participação popular para debater as linhas sociais do museu

Cartão postal, símbolo da cidade, patrimônio nacional e considerado uma das maravilhas arquitetônicas do mundo, o Museu de Arte Contemporânea de Niterói (MAC) está adotando uma estratégia de ampla participação popular para o desenvolvimento do seu plano museológico. O processo de construção desse documento, que terá vigência de cinco anos, começou nesta semana, com cinco seminários abertos ao público, transmitidos pelas redes sociais do MAC.

Nos painéis, serão debatidos, entre outras ações, os eixos temáticos: linha de curadoria, plano educativo, acervo e eventos. A equipe de museólogos responsável pelo plano receberá as propostas apresentadas pelos participantes, para serem incorporadas e consolidadas em sua versão definitiva. A ação é promovida pela Prefeitura de Niterói, por meio da Secretaria Municipal das Culturas e da Fundação de Arte de Niterói (FAN). O plano museológico estabelece prioridades, diretrizes, formas de avaliação e acompanhamento de projetos.  

“Com essa iniciativa, vamos garantir para artistas e a sociedade as formas de acesso ao MAC e à arte ali exposta. Vamos reforçar a identidade desse espaço cultural tão importante para a cidade”, disse o prefeito Axel Grael. “O Plano Museológico é uma ferramenta de planejamento estratégico que contribui para o fortalecimento institucional e potencializa a gestão do museu”. 

Segundo o diretor do MAC, Victor de Wolf, por meio do Plano Museológico é possível definir prioridades, indicar os caminhos a serem tomados, acompanhar as ações e avaliar o cumprimento dos objetivos por um período de até 5 anos. Após esse tempo, o documento deverá ser revisado. É a partir dele que as ações administrativas, técnicas e políticas são sistematizadas, tanto no âmbito interno, quanto na sua atuação externa. Assim, o Plano permite que a instituição utilize todo o seu potencial para realizar seu trabalho e alcançar seus objetivos de forma mais organizada e eficaz.

“A ideia principal é que o MAC assegure a representatividade do território, a identidade cultural, e as expectativas do povo de Niterói”, informa Victor de Wolf. “Com isso, conseguimos mostrar para o mundo, a potência cultural que temos na cidade”.

Para o secretário das Culturas, Leonardo Giordano, o plano é um passo fundamental para a democracia cultural da cidade.

“Trazer a população para pensar sobre o Museu que deseja, e ter isso estabelecido como política pública  é uma concretização da cultura enquanto Direito”, afirma Giordano.

O webnário “Vamos juntos pensar o futuro do MAC” acontece até 14 de julho  com transmissão online e ao vivo às 14h e às 16h na página do facebook do MAC Niterói. As lives ficarão salvas e disponíveis em nas redes. Mais informações na página: www.facebook.com/macniteroi.OFICIAL

Sobre o MAC – Edificado em 1996 e inaugurado em 2 de setembro do mesmo ano, o MAC ocupa um espaço de  2.500 metros quadrados. Em sua área externa, uma grande rampa com piso vermelho conduz o visitante aos pavimentos superiores do museu. Internamente, salas, galerias e a biblioteca são dedicados ao público.  

O MAC abriga em seus acervos mais de 1.300 obras, cobrindo uma produção que percorre desde a década de 50 até os dias atuais. Pertencente ao colecionador João Sattamini, é uma das mais importantes coleções de arte contemporânea do país. Além dela, o acervo próprio do Museu reúne obras doadas por diversos artistas. O Museu também realiza exposições temporárias, atividades e projetos voltados para a arte contemporânea.

Aproximadamente 57 mil documentos sobre arte moderna e contemporânea brasileira compõem a Biblioteca MAC Niterói, aberta à visitação. São livros, catálogos, teses, dissertações, dossiês (de artistas visuais, críticos de artes, arquitetura e design), revistas, recortes de jornais (clippings), conteúdos multimeios (DVD, CD, CD-ROM e VHS), focados na história e na memória da instituição. O acervo está disponível ao público para consulta na biblioteca, mediante requisição à Direção de Pesquisa e Pensamento.  

Fotos: 

Leonardo Simplício 

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