Se informe antes de votar

O jornalista Márcio Kerbel observa que para decidir com responsabilidade, não tem jeito, é preciso se informar e refletir sobre…

Márcio Kerbel

Lula em ato na PUC-São Paulo

O medo é componente importante do fascismo. Ele investe pesado na desinformação para desorientar o público que busca se atualizar para melhor decidir. Neste domingo de 2º turno, vamos decidir não sobre dois candidatos e seus projetos, mas sobre o modelo que a gente quer para o país. Destruição ou propostas para o futuro, retrocessos ou avanços, civilização ou barbárie? O melhor que o eleitor tem a fazer neste momento é refletir sobre o legado que desejamos para o país. Para decidir com responsabilidade, não tem jeito, é preciso se informar e refletir sobre o que está em jogo.

Na disputa de narrativas, o objetivo é manter o leitor/espectador preso em um círculo de informações que pareçam representar a mais cristalina verdade. Mas quando decidimos observar melhor ao redor, descobrimos que há visões opostas sobre o mesmo tema. Hoje, temos uma quantidade imensa de fontes de informação, mas nem todas estão comprometidas com o fazer jornalístico, um método que trata de averiguar a verdade dos fatos, ouvindo o contraditório e oferencedo ao público leitor as diferentes visões sobre um mesmo tema.

Se nos prendermos a um emaranhado de redes que somados não oferecem a credibilidade necessária, corremos o risco de avaliarmos mal sobre assuntos de nosso interesse. É esse o pulo do gato, fazer com que você acredite que o tal sistema expressa a mais genuína verdade quando de fato, a intenção é fazer com que você não olhe para fora. Neste contexto, os algorítmos são pilares indispensáveis para oferecer ao leitor, a dose de narrativas que ele acredita sejam a expressão da verdade.

Mas então como romper com este cerco digital que torna a vida mais tensa e carregada, sem que a gente se dê conta de que estamos fixos no mesmo lugar? Buscar fontes com credibilidade, desconfiar do que chega pelos aplicativos de mensagens, checar a veracidade dos fatos são alguns dos procedimentos que podem ser adotados na defesa de nosso direito à informação. Adotar uma atitude de curiosidade diante das mensagens recebidas, evitando o compartilhamento automático de notícias duvidosas auxiliam no combate às fake news.

O digital, as novas tecnologias e sua crescente presença nas nossas vidas, nos alertam para a necessidade de sermos mais vigilantes e responsáveis. A democracia é a garantia de que nenhum tirano vai se apossar do nosso direito à livre expressão. Para que possamos nos incluir digitalmente, portanto, precisamos dos recursos que só a educação é capaz de fornecer. É a partir do conhecimento adquirido no ambiente educacional, que podemos acessar com segurança e distinguir o certo do duvidoso. Neste momento da vida nacional, é preciso estar atento para não errar na avaliação que pode nos custar caro e aprofundar a desigualdade e a injustiça social neste país. No próximo dia 30, a decisão de voto é no 13, é no Lula, é na escolha pela liberdade, prosperidade e na melhor oportunidade de ser feliz.

Márcio Kerbel é jornalista, editor do Diário de Niterói.

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