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Por Ana Morche O ENTREARTES, em sua 10ª Edição, faz uma homenagem a uma das nossas três relevantes origens –...

Por Ana Morche

Cacau Dias – foto: Macarena Lobos

O ENTREARTES, em sua 10ª Edição, faz uma homenagem a uma das nossas três relevantes origens – a portuguesa.

 Com o título-tema de “Portugal, o que me trazes?”, lembra e ressalta a gastronomia, a cultura e a beleza das tradições da Terrinha, como se costuma, carinhosamente, chamar Portugal.  

Que este projeto já é sucesso reconhecido é fato, mas quem é  Cacau Dias, sua idealizadora e produtora?

No mês da Mulher, vamos conhecer um pouco mais dessa personalidade dinâmica, curiosa,  inquieta e anfitriã por excelência, que usa sua criatividade na arte da organização de variados eventos e no bem receber.

Ana Morche – Cacau, conta um pouco da sua trajetória – como tudo começou? Quando percebeu que esse era o seu caminho?

Cacau Dias – Comecei aos 24 anos como empresária da moda, criando a grife “Tessuti”, em Ipanema e, em seguida, a marca “Cacau Dias”, no mesmo bairro, por quinze anos. Depois, fui para a área corporativa, fazendo uniformes personalizados para prefeituras, hotéis, escolas, salões de beleza, etc. Em 2008, lancei o “Cerimonial Fashion” e a “Equipe Cacau Dias”, que consistem em assessoria de comunicação e cerimonial de eventos sociais ou corporativos e  que atua com foco no life style, incluindo arquitetura, moda, arte, cultura e gastronomia. Com isso, tornamos notícia os eventos por meio de assessoria de imprensa. 

AM – Geralmente, o início de carreira costuma trazer alguns desafios e até dificuldades. Alguma vez você teve dúvidas sobre sua vocação? Qual foi o seu momento mais difícil?

CD – Nunca tive dúvidas sobre minha vocação, sempre quis trabalhar com moda e o meu caminho foi fazer Administração de Empresas e posteriormente me especializar em Gestão de Moda, para, além de criar, abrir um negócio. A primeira dificuldade foi ter que me separar da minha sócia após dez anos de grife;  a segunda foi quando fui assaltada e levaram as máquinas do meu parque industrial que já estava todo completo. Mas,  mesmo naqueles momentos difíceis, sentia que eu ainda queria esse caminho e segui em frente. 

 AM – Mãe, esposa, promotora, estilista, consultora de imagem, produtora, ufa… De onde tira tanta energia? Que truque usou ou usa para conciliar tudo isso? Tem algum? Conta para nós:

CD – Sempre fui uma pessoa muito ativa. Fui mãe aos 23 anos e contei com uma mulher maravilhosa que me ajudou a cuidar da minha casa e do meu filho me dando segurança e tranquilidade. É a Ivone, que , como se fosse minha segunda mãe, esteve ao meu lado, durante muitos anos, me dando o suporte que eu precisava. Além disso, sempre pude contar com o apoio do meu marido em todos os meus projetos e sonhos. Sou muito organizada, acordo cedo, faço planejamentos diários e assim, consigo conciliar muitos afazeres e cumprir a agenda. 

AM – Antes do ENTREARTES, você atuava nas artes plásticas? Chegou a produzir outras exposições?

CD – Não, o ENTREARTES, que já está em sua 10ª edição, é o meu primeiro projeto nessa área, antes disso, frequentava exposições apenas como admiradora das Artes.

AM – Como surgiu a ideia de atuar nessa área, qual foi a sua inspiração?

CD – Senti que existia uma lacuna na parte de produção cultural na cidade de Niterói, algo que envolvesse além de criatividade e empenho, persistência e continuidade. Então, vi uma oportunidade de mostrar ao mundo que temos aqui um celeiro de talentosos artistas das mais variadas vertentes. Assim nasceu o ENTREARTES. 

AM – Como mentora do projeto, que critério você costuma usar na seleção e reunião dos artistas participantes de cada Mostra? Afinidade técnica, temática, dimensão das obras, o que você pensa no início de cada edição?   

CD – O primeiro filtro é ser um artista natural de Niterói ou que exerça sua arte aqui. O segundo vai depender da temática em que o artista atua. Agora, depois de dois anos, divido a responsabilidade com a curadora, que seleciona os participantes junto comigo, de acordo com o briefing de cada exposição.

AM – Como você disse, anteriormente, um dos seus propósitos é reunir e divulgar a criatividade de quem vive e produz sua arte na cidade. Qual a importância de Niterói para você?

CD – Eu amo Niterói, sou nascida e criada aqui. Realmente, vejo que a cidade tem um potencial artístico enorme, além da beleza natural que a cada dia me deixa mais apaixonada.

AM – E agora, os planos para o futuro – costuma planejar e estabelecer metas? Tem algum sonho que pretende realizar num futuro próximo?

CD – Sim. Meu principal projeto profissional é levar o ENTREARTES para o exterior e mostrar a arte niteroiense para o mundo.

AM – Finalizando esse nosso bate-papo, numa única palavra, quem é Cacau Dias?

CD – Energia.

É isso, dá para perceber que teremos muitas novidades por aqui, pelo menos no que depender da nossa entrevistada.

                                                   ***

É preciso que tenhamos fé e esperança no futuro. Sabemos que sempre pudemos, mesmo em momentos extremamente difíceis vividos pelo povo brasileiro, contar com as diferentes formas de arte.  Uma das funções do artista é representar através de suas obras, seja em forma de resgate, denúncia, proposta de reflexão ou desnudados sentires, as diversidades, realidades e momentos da nossa História. “A arte existe porque a vida não basta” Ferreira Gullar.

Ana Morche é formada em Letras, pós graduada em Arte-Educação, escritora e artista plástica.

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