UFF é reconhecida por política institucional de equidade de gênero e amplia presença internacional
Na última semana, entre 3 e 7 de novembro, a Comissão Permanente de Equidade de Gênero (CPEG/UFF) participou do Third Interregional Dialogue on Education and Development – Fostering Research and Innovation in Africa, Latin America & the Caribbean, and Europe, realizado em Bogotá. Representada pela professora Carla Appollinario de Castro, a CPEG apresentou, em mesa dedicada às políticas de gênero no ensino superior, as ações que vêm consolidando a UFF como referência na promoção de uma universidade mais democrática, equânime e sustentável. O convite para integrar o encontro — que reúne instituições das Américas, da África e da Europa — reforça o reconhecimento internacional que a UFF tem adquirido nesse campo, fruto de um trabalho institucional contínuo e estruturado.
Professora Carla Appollinario de Castro, em Bogotá
Essa trajetória se articula com os avanços internos promovidos desde a criação da CPEG, instituída pela Portaria UFF nº 68.317, de 8 de março de 2022, a partir do antigo GT Mulheres na Ciência. A Comissão nasceu com a missão de implementar políticas de equidade de gênero em três grandes frentes: apoio à maternagem e aos direitos reprodutivos; promoção da paridade e desconstrução de estereótipos de gênero; e enfrentamento às violências institucionais, incluindo assédio moral e sexual.
Como resultado direto desse percurso e do compromisso institucional da UFF com a agenda de equidade, a CPEG conquistou, em março de 2025, o primeiro lugar no Edital Mulheres e Ciência, promovido pelo CNPq, MCTI, Ministério das Mulheres, CAF e British Council, na categoria mérito institucional. O edital, voltado ao fortalecimento do Marco Referencial pela Igualdade de Gênero, reconheceu a robustez do plano de ação apresentado pela CPEG, intitulado “Perspectivas para um outro futuro: consolidar, avançar e inovar na promoção da equidade de gênero na UFF”. O projeto consolida a trajetória iniciada em 2018 com o GT Mulheres na Ciência, alinhada aos princípios previstos no PDI (2023–2027) e propõe ações institucionais integradas em três eixos: equidade, diversidade e inclusão; políticas de cuidado e apoio à maternidade; e enfrentamento às violências de gênero e outras formas de discriminação.
Professora Paula Landi Curi em evento de premiação do CNPq
Para a presidente da CPEG, Paula Land Curi, a premiação vai além do reconhecimento externo:
“A participação da CPEG no edital pressupunha o compromisso institucional da UFF com políticas de equidade de gênero. Ter sido agraciada dá à universidade visibilidade junto à comunidade científica preocupada em construir uma universidade mais justa e livre de violências. Isso se traduz não apenas em um prêmio, mas na assunção de compromissos concretos.”
Entre esses compromissos está a criação da Superintendência de Equidade, Políticas Afirmativas e Diversidade (SEPAD), uma iniciativa da gestão da UFF, que representa a materialização de uma reivindicação histórica da CPEG. A nova estrutura amplia a capacidade institucional de formular, implementar e acompanhar políticas voltadas à redução das desigualdades estruturais e ao enfrentamento das violências de gênero e outras formas de discriminação na universidade.
Saiba mais sobre a nova Superintedência: https://www.uff.br/10-11-2025/uff-aprova-criacao-da-superintendencia-de-equidade-politicas-afirmativas-e-diversidade/
Quer enviar uma queixa ou denúncia, ou conteúdo de interesse coletivo, escreva para noticia@diariodeniteroi.com.br ou utilize um dos canais do menu "Contatos".