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Pesquisadores da UFF conquistam 3º lugar no Prêmio iCS de Economia e Clima


Um estudo desenvolvido por pesquisadores da Universidade Federal Fluminense (UFF), em parceria com o Banco nacional do desenvolvimento e a Climate Policy Initiative/Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro, foi premiado com o terceiro lugar na primeira edição do Prêmio iCS de Economia e Clima. A premiação é uma iniciativa do HUB de Economia e Clima e tem como objetivo valorizar pesquisas que relacionam a agenda econômica à agenda climática e que incentivam soluções inovadoras para políticas públicas sustentáveis. 

O artigo “Cultivating Progress: The Impacts of Credit for Agricultural Investment in Brazil” (“Cultivando o Progresso: Os Impactos do Crédito para o Investimento Agrícola no Brasil”, tradução livre), foi escrito pelos pesquisadores André Sant’Anna, professor colaborador do do Programa de Pós-Graduação em Economia da UFF, Luciano Machado, Economista do BNDES, Wagner Oliveira, ex-professor do Departamento de Economia da Universidade Federal Fluminense (UFF) e Priscila Souza, Gerente Sênior de Avaliação de Políticas Públicas no Climate Policy Initiative da PUC-Rio, e analisou os efeitos da ampliação da oferta de crédito rural para investimento do BNDES sobre a produção, a produtividade agropecuária e o uso da terra no Brasil. 

A pesquisa mostra que o aumento do crédito nos municípios eleva a produção agrícola e a produtividade da terra sem ampliar a área destinada ao uso agropecuário, indicando um processo de intensificação sustentável da atividade.  Os efeitos observados são ainda mais acentuados em regiões onde a relação entre o trabalhador e a terra é maior, o que sugere maior incentivo à intensificação em áreas com menor possibilidade de expansão territorial.

De acordo com Wagner Oliveira, a iniciativa do prêmio reforça a importância de aproximar a produção acadêmica das demandas do país. “Ao trazer uma análise do caso brasileiro, o estudo traz evidências científicas de um contexto particular – um país em desenvolvimento cujas emissões de carbono são concentradas em mudanças de uso da terra e no setor agropecuário, e cuja política de crédito rural e a atuação do banco de desenvolvimento nacional possuem um papel central”, explica.

O trabalho também contribui para o debate sobre instrumentos econômicos voltados à preservação ambiental, ao evidenciar o papel do financiamento na agenda climática. Inserido em um contexto nacional no qual grande parte das emissões está relacionada ao uso da terra e ao setor agropecuário, o estudo traz evidências científicas diretamente aplicáveis à formulação de políticas públicas. Para o pesquisador, o recebimento do prêmio representa uma grande conquista. 

“É motivo de grande orgulho ter o nosso trabalho reconhecido pela premiação. É um reconhecimento de uma contribuição efetiva para esse debate e nos sentimos motivados para seguir pesquisando e produzindo evidências que possam nortear questões de política pública”, compartilha Wagner. 

Além de valorizar a pesquisa desenvolvida na UFF, a premiação reforça a importância de integrar economia e clima em análises voltadas ao desenvolvimento sustentável. O estudo mostra que políticas de crédito rural, quando bem direcionadas, podem impulsionar a produtividade sem pressionar áreas de vegetação nativa, oferecendo subsídios relevantes para a formulação de políticas públicas ambientais e agrícolas no país.

Wagner ressalta que o reconhecimento do trabalho está diretamente associado à sua consistência metodológica e à relevância de sua aplicação. “O reconhecimento do nosso estudo é fruto do uso de uma metodologia robusta para estudar um problema de aplicação direta em política pública. Por ser resultado de uma parceria entre pesquisadores da UFF, do BNDES e do CPI/PUC-Rio, o artigo dialoga diretamente com os desafios de implementação, e esse tipo de parceria pode ser cada vez mais fomentado”, conclui.

Instituto Clima e Sociedade (iCS) 

O iCS é uma organização filantrópica que apoia projetos e instituições que visam o fortalecimento da economia brasileira e do posicionamento geopolítico do país, além da redução da desigualdade por meio do enfrentamento das mudanças climáticas e soluções sustentáveis. O instituto foi criado em 2015, no mesmo ano do Acordo de Paris. Sua função desde o início foi financiar e catalisar a agenda climática no Brasil.


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