No topo da economia: Consumo em favelas chega a R$ 167 bilhões em 2022

Pesquisa revela que, após uma queda em 2021, a capacidade de dinheiro movimentado nas comunidades subiu de R$ 159 bilhões…

Rio de Janeiro – Comunidade da Rocinha, na zona sul do Rio de Janeiro,. (Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil).

Incluir o pobre no orçamento, sempre fez parte das promessas do presidente Lula em suas campanhas. Agora, eleito para um novo mandato, ele tem a oportunidade de colocar em prática suas ideias sobre prioridades orçamentárias e a importância de políticas públicas inclusivas para promover .o crescimento econômico

Boas notícias é o que não faltam. Pesquisa realizada pela Outdoor Social Inteligência revela que, após uma queda em 2021, a capacidade de dinheiro movimentado nas comunidades subiu de R$ 159 bilhões para R$ 167 bilhões em 2022. Os dados são ainda mais animadores quando se tratam da renda familiar mensal que passou de 2.500 em 2021, para R$ 3.036 neste ano.

A potência da favela é uma realidade que se evidencia pela atividade econômica. Para Emília Rabello, CEO da Outdoor Social, “a pesquisa indica que existe uma população assalariada e empreendedora que precisa ser tratada como parte da cidade, são pessoas que trabalham, pagam impostos, têm crédito na praça e não são invisíveis para o sistema financeiro”.

A habitação é o setor que mais movimenta dinheiro na favela, com mais de R$ 50 bilhões, seguida pela alimentação dentro do domicílio, que ultrapassa R$ 17 bilhões. Em terceiro vem o setor de materiais de construção movimentando mais de R$ 6,5 bilhões.

Rabello acredita que o que explica esse aumento de R$ 8 bilhões no potencial de consumo, em um ano, é a recuperação econônica na pós pandemia, com a população pagando dívidas e ganhando crédito.

O estudo mostra que no Brasil, são 6.239 favelas onde vivem mais de 11 milhões de pessoas quase metade pentencente à classe C. Em 2021, eram 12, 5 milhões de pessoas. População que, segundo Rabello, foi reduzida devido à legalização de territórios, com entrega de títulos de propriedade.

A pesquisa confirma a avaliação de especialistas de que moradores de favelas podem ser grandes consumidores se tiverem acesso a crédito, empregabilidade e melhores oportunidades para alcançarem establilidade financeira. Neste cenário, promessas feitas pelo futuro presidente Lula, podem reforçar ainda mais essa tendência, como a negociação de dívidas e a valorização do poder de compra do salário mínimo.

Entre as favelas com maior potencial de consumo, segundo o levantamento da Outdoor Social Inteligência, estão Rocinha, Complexo da Maré, Rio das Pedras e Complexo do Alemão, no Rio de Janeiro.

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