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UFF é destaque no Prêmio Capes de Tese 2025


Pesquisadores da UFF se destacaram na edição 2025 do Prêmio Capes de Tese, uma das mais relevantes distinções da pós-graduação no país. A instituição conquistou uma premiação e duas menções honrosas, reafirmando a excelência acadêmica de seus programas de pós-graduação e a relevância nacional de suas pesquisas.

O pesquisador Fernando Souza Damasco, vinculado ao Programa de Pós-graduação em Geografia, foi premiado com a tese “Territorializar em busca do ‘viver melhor’: As trajetórias dos povos do Alto Rio Negro em diferentes situações territoriais”, orientada pelo professor Rogério Haesbaert da Costa. Através da pesquisa documental e das entrevistas fornecidas por lideranças indígenas, Fernando investigou como um conjunto de 23 povos indígenas se mobilizou perante o Estado brasileiro em torno da demarcação de um território único, a Terra Indígena Alto Rio Negro, uma das maiores no país em área e população, com aproximadamente 8 milhões de hectares e 18 mil indígenas residentes, e elaborou um projeto de autonomia e gestão territorial articulado à luta pelos seus direitos civis, sociais e territoriais.

Terra Indígena do Alto Rio Negro. Foto: Fernando Damasco

Terra Indígena do Alto Rio Negro. Foto: Fernando Damasco

“A partir dessa pesquisa, temos novos elementos para o planejamento de políticas públicas comprometidas com a reversão dos quadros dramáticos de violações de direitos fundamentais e para a compreensão dos projetos políticos de autonomia protagonizados pelos povos indígenas no Brasil. O Programa de Pós-graduação em Geografia da UFF é um centro de referência nos estudos sobre as interações entre territórios, política e movimentos sociais. Temos, assim, um grande potencial de apontar caminhos para a construção de políticas públicas que garantam os direitos territoriais de grupos sociais implicados em situações de injustiça, como indígenas e quilombolas”, explica Fernando.

Além dele, a recém-doutora em Letras e professora substituta do Instituto de Arte e Comunicação Social (Iacs) da UFF, Mariana Filgueiras, recebeu Menção Honrosa na área de Linguística e Literatura, com a tese “As Quirinas: a trabalhadora doméstica como protagonista na literatura brasileira contemporânea”, sob orientação da professora Eurídice Figueiredo.

Mariana Filgueiras é destaque com Menção Honrosa no Prêmio Capes de Tese 2025. Foto: Acervo pessoal.

Mariana Filgueiras é destaque com Menção Honrosa no Prêmio Capes de Tese 2025. Foto: Acervo pessoal.

Para Mariana, sua tese se destaca pela originalidade do tema: há ainda poucas pesquisas sobre trabalho doméstico, sobretudo na Letras. “O trabalho doméstico é a maior categoria de trabalho do país, apesar disso, os dramas e subjetividades das trabalhadoras domésticas interessou muito pouco a escritores e acadêmicos. Na minha tese, fiz um levantamento de como a literatura brasileira as representou ao longo da sua história, analisando cerca de 37 personagens, de 1859 a 2024, e me debruço sobre as primeiras protagonistas, que só começam a aparecer em 2018”.

Já o egresso e atual docente Carlos Eduardo de Freitas Guimarães Filho, do Programa de Pós-graduação em Higiene Veterinária e Processamento Tecnológico de Produtos de Origem Animal (PPGHIGVET/UFF), recebeu Menção Honrosa pela pesquisa intitulada “Validação de um método de depuração no controle higiênico sanitário de moluscos bivalves, oriundos de maricultura do município de Niterói, Rio de Janeiro, Brasil”, com orientação da professora Eliana de Fátima Marques de Mesquita e coorientação de Maria Carmela Kasnowski Holanda Duarte e Flávia Aline Andrade Calixto.

Carlos Eduardo Guimarães Filho em trabalho de campo. Foto: Acervo pessoal.

Carlos Eduardo Guimarães Filho em trabalho de campo. Foto: Acervo pessoal.

“Além de validar um método eficaz de depuração para garantir a qualidade sanitária dos moluscos bivalves, meu trabalho contribuiu diretamente para a melhoria da segurança dos alimentos e para a valorização da maricultura no município de Niterói. A UFF foi fundamental nessa trajetória, pois me proporcionou a base acadêmica e científica necessária para desenvolver minha pesquisa. Essa formação foi ampliada pela experiência de extensão junto à Fiperj, que me permitiu aplicar os conhecimentos adquiridos na universidade em ações práticas voltadas ao fortalecimento da maricultura e à melhoria da qualidade de vida das comunidades atendidas”, conclui Carlos Eduardo.


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